Provas sobre chapa Dilma-Temer serão usadas em ações contra outros partidos
Em
entrevista, o ministro Herman Benjamin, do TSE, afirmou que o tribunal irá
investigar a conduta das demais agremiações partidárias do Brasil.
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José
Cruz/Agência Brasil - 1.1.2015
Ministro do TSE diz que provas colhidas na ação
contra chapa Dilma-Temer podem ser usadas em outros processos
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O
ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que as
provas obtidas no processo contra a chapa presidencial de Dilma Rousseff (PT) e
Michel Temer (PMDB) em 2014 poderão ser utilizadas na investigação sobre a
conduta dos demais partidos políticos do Brasil.
A
informação foi dada pelo ministro do TSE
ao blog do jornalista Josias de Souza. Segundo a reportagem, muitas das
informações colhidas na ação sobre a chapa Dilma-Temer não serão aproveitadas
no processo, mas deverão ser utilizadas quando o tribunal for investigar a
atuação das 35 agremiações que estão em atividade no País.
Segundo
Souza, estão em andamento no tribunal ações contra pelo menos três partidos:
PT, PMDB e PP, que são os principais envolvidos nas irregularidades apuradas no
âmbito da Operação Lava Jato. O
ministro teria dito ao jornalista que foi dada prioridade à investigação contra
o PT e o PMDB em razão do ‘timing’ demandado pelas eleições.
Mesmo
lamentando não ter conseguido concluir as investigações sobre a chapa em 2016,
Benjamin disse, na entrevista, que pretende dar celeridade ao processo, para
evitar que a ação se torne “algo interminável” e que se desvia dos objetivos
principais. O ministro evitou comentar sobre as delações de executivos da
Odebrecht que disseram ter repassado dinheiro ilícito ao PMDB a pedido do então
candidato a vice-presidente, Michel
Temer. O motivo alegado é o fato de os depoimentos ainda não terem sido
homologados pela Justiça.
Irregularidades
Na
sexta-feira (16), o jornal “O Estado de S.Paulo” informou que peritos do
Ministério Público Eleitoral encontraram “fortes indícios de fraudes e desvio
de recursos" ao examinar as contas das gráficas Red Seg Gráfica, Focal e
Gráfica VTPB, que prestaram serviços para a campanha de Dilma e Temer em 2014.
No mesmo
dia, a equipe jurídica da ex-presidente divulgou nota à imprensa questionando o
trabalho de perícia executado pelo MPE. "Os novos trabalhos periciais
apresentados ao TSE pecam pela inconsistência e pela falta de conclusões
concretas. É inadmissível que após quase dois anos de intensa investigação
sobre as contas da chapa Dilma-Temer, inclusive com quebra de sigilos bancários
de pessoas físicas e jurídicas, tenha-se concluído de forma genérica por
supostos traços de fraude e desvio", escreveu o advogado Flávio Crocce
Caetano.
Por
iG São PauloFonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-12-17/tse.html
Por:
iG São Paulo

