Amazonas é o terceiro em número de focos de calor na Amazônia Legal, aponta Sema
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| Nas áreas urbanas, um dos principais desafios é conscientizar a população para destinação correta do lixo e dos resídios para reduzir queimadas. Foto: Sandro Pereira |
A Sema e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontam que a redução está relacionada ao término da influência do fenômeno El Niño na região amazônica e, consequente, aumento de chuvas no Estado.
Conforme dados da Sema, disponíveis no Sistema de Informações Governamentais do Amazonas (E-siga), de janeiro a outubro do ano passado, foram 13.551 focos de calor, 2.252 a mais que neste ano. De acordo com análise da equipe da Sema, a grande quantidade de ocorrências de focos de calor, em 2015, foi intensificada pelos efeitos do fenômeno El Niño que resultaram em temperaturas altas, clima seco e índices de chuvas abaixo da média em todo o período. “Na região amazônica, o El Niño dificulta a formação de nuvens e, por consequência menos chuvas, favorecendo a ocorrência de queimadas, já que o solo estava mais seco do que o normal”, disse o meteorologista Gustavo Ribeiro, da divisão do Inmet no Amazonas.
Até o último dia 30 de novembro, o Amazonas, com 11.746 focos de calor só perde para o Pará (25.336) e o Mato Grosso (14.189), nos índices de focos de calor, entre os Estados da Amazônia Legal, conforme a Sema.
Conscientização
Para a equipe da Sema, embora o El Niño tenha influenciado na formação de focos de calor, a maioria das ocorrências está associada à ação humana. A Sema informou que um dos desafios, na atuação da secretaria, é fazer com que a população possa abolir o uso de fogo para a queima de lixo, de resíduos e para a preparação do solo para a agricultura.
Já em 2016, conforme a Sema, especificamente no segundo semestre do ano, choveu mais que o segundo semestre de 2015, o que colaborou para a redução das queimadas. Os dados da Sema apontam que, em 2016, Lábrea lidera o ranking dos primeiros cinco municípios amazonenses que apresentaram maior quantidade de focos de calor. No ranking, conforme a Sema, o município é seguido por Boca do Acre, Apuí, Manicoré e Barcelos.
Na capital, a Sema aponta que os focos de calor foram registrados, principalmente, nas zonas norte e leste, a partir da queima de lixo doméstico para eliminação de resíduos, de folhas e de galhos em terrenos e quintais e em áreas de invasão. Os atos são crimes ambientais pela Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98).

